Estou envergonhado mas cedi. Cedi a esta denominada “Corrente Bloguistica” ou “Passagem do Dildo”. Sempre fiz questão de dizer que colaborar com este tipo de atentados à inteligência é contra os meus princípios, só que depois lembrei-me, “Espera lá, tu não tens princípios, pá!”. Agora vão todos ficar a pensar que, tal como as pessoas que se lembram de inventar estas coisas, também eu não tenho nada melhor para escrever ou criar. É verdade, mas não é preciso atirarem isso assim à cara de uma pessoa.
Bom, seja como for, as meninas que me espicaçaram, são umas queridas colegas bloguistas e não podia deixar de o fazer. Mas que isto não se repita, ouviram?
1. HAVE YOU EVER USED TOYS OR OTHER THINGS DURING SEX?
Usar brinquedos durante o sexo? Devem estar a brincar comigo! A não ser que deva contar o facto de eu ser um autêntico Action Man no que a este assunto diz respeito. Além do mais, considero que no sexo, toys R us.
2. WOULD YOU CONSIDERED USING DILDOS OR OTHER SEXUAL TOYS IN THE FUTURE?
Confesso que tenho Dildo e até já usei Dildo diversas vezes no passado. Gosto muito de Dildo e já me deu imenso jeito. Houve uma altura que andava sempre com Dildo no carro. E quando ia a casa de uma amiga e sabia que o sexo era uma possibilidade em aberto, pelo sim pelo não, levava sempre Dildo comigo. É que a Dildo tem uma voz tão delicada que é óptima para se ouvir naqueles momentos mais íntimos. Tenho dois os álbuns da Dildo e recomendo Dildo a todos os meus amigos.
3. WHAT IS YOUR KINKIEST FANTASY YOU HAVE YET TO REALIZE?
Há apenas uma fantasia recorrente que ainda não consegui realizar: Começa comigo e com uma rapariga banal deitados na cama; depois, não há preliminares, o que significa que não tenho que percorrer cada centímetro do seu corpo com os meus lábios, não preciso usar as minhas mãos cheias de dedos para estimular todas as suas zonas erógenas e – esta é a melhor parte - nem sequer preciso de me preocupar em lhe dar prazer; ou seja, passamos imediatamente para a parte do sexo, que dura sensivelmente cinco minutos, sempre na posição missionário, o que é muito bom porque assim não preciso executar manobras multidisciplinares (acrobáticas) e canso-me muito pouco; por fim caio para o lado e adormeço imediatamente.
Eu sei que isto é só uma fantasia e que será muito difícil realiza-la mas como dizem os adeptos do Benfica, a esperança é sempre a última a morrer.
4. WHO GAVE YOU THIS DILDO?
Não tenho por hábito ser delator mas vocês compreendem, tenho de tentar safar a minha pele. Foi a Benedita e a Joana.
5. WHO ARE THE ONES TO RECEIVE THIS DILDO FROM YOU?
Para que fique claro, este joguete tem de ficar por aqui. Assim sendo, resolvi oferecer este Dildo a quem tenho a certeza que tratará de lhe pôr um ponto final.
Resultado nulo do choque frontal de ontem à noite.
Palavras muitas, esclarecimento zero.
Um propõe o choque tecnológico, outro propõe o choque fiscal.
Eu proponho para os dois o bom, velho, choque eléctrico.
Pode ser que os faça acordar para a realidade.
O espaço que se segue é da exclusiva irresponsabilidade do interveniente.
Não posso deixar de me regozijar, por desta vez, estarmos a ter uma campanha eleitoral como deve de ser! Aqueles que andam mais distraídos, têm estado a perder um confronto político a sério: Não vão faltando os boatos, as acusações pessoais, as facadas nas costas, o bate-boca, as metáforas mal intencionadas e venenosas. Ainda bem que todos os partidos têm conseguido perceber aquilo que os cidadãos querem realmente, em oposição a ver debatidas questões sempre tão maçadoras como a economia, o desemprego ou o défice.
Dentro deste elevado nível de discussão de ideias que se tem assistido, conseguiu-se também, puxar para a ribalta política um tema que a todos os portugueses muito interessa: Os casamentos homossexuais.
Não quero parecer queixinhas mas eu até sei que há alguns partidos que estão dispostos a alterar a lei, para permitir os casamentos entre pessoas do mesmo sexo. No lugar dos homossexuais, protestaria veementemente.
Considero inadmissível o que lhes querem fazer, será que esses senhores já se perguntaram o seguinte: porque é que os homossexuais hão-de querer abrir mão, daquela que eu considero a única vantagem que há em ser homossexual? Não terem a pressão do casamento.
É que não sei se já repararam que numa sociedade judaico-cristã como a nossa, os gays são os únicos que não são pressionados a toda a hora para casar. Toda a gente que casa, quer ver toda a gente casada. Como se ninguém pudesse ficar a rir-se. E isto vale para todos os solteiros, excepto os homossexuais. Então, para que é que lhes querem agora arranjar mais problemas? Só lhes faltava mais essa. Se mudam a lei de modo a permitir os casamento homossexuais, um dia destes ainda vamos assistir a conversas destas:
- Joana, não achas que já vai sendo tempo de arranjares uma namorada a sério, para casar? Ora andas com uma, ora andas com outra, não penses que vais ser nova toda a vida. De que é que estás à espera, filha? Da mulher da tua vida? Não te esqueças que já estás quase com trinta!
Ou então:
- Pedro, não achas que está na hora de assumires as tuas
responsabilidades? Há séculos que tu namoras com o Ricardão! Ó filho, se não te sentes preparado para o casamento não andes a enganar o rapaz! Que é que os pais dele hão-de pensar de nós, hum?
Eu não quero parecer preconceituoso mas às vezes pergunto-me: se os casamentos homossexuais forem para a frente, a própria cerimónia em si, também não será um pouco confusa para os convidados? (exemplo: “O senhor aceita este senhor para seu esposo?” ou “Declaro-vos marido e marido”.) E até redundante? (exemplo: Quando se chega à parte do beijo vai dizer-se: “O noivo pode beijar o noivo”? Agora fiquei a pensar se não vai ter que se arranjar, com antecedência, um sistema de atribuição de papeis, para facilitar o acompanhamento das formalidades? Tipo: “A Noiva A pode beijar a Noiva B”.)
Há ainda uma série de outros pormenores técnicos que eu não estou a ver como é que os pretendem resolver:
No caso dos homens, quem é que espera no altar e quem é que chega de braço dado com o pai?
No caso dos casais de lésbicas, qual é o critério na escolha de qual espera no altar e de qual chega atrasada? E já que se trata de duas mulheres, não haverá um risco de chegarem as duas atrasadas?
E devem as duas mulheres envergar o tradicional vestido-de-noiva? Se sim, não ficará isso demasiado dispendioso para o orçamento familiar?
Na lua-de-mel quem é que carrega quem, ao colo? Será através da pesagem, moeda ao ar ou pelo método par ou impar?
Bem, vou ficar ansiosamente à espera do debate de logo à noite, para ver se fico mais esclarecido.